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Gráficas na China

A China que sacode o Mundo!!! Tudo sobre gráficas na China.

Gráficas de impressos comerciais e editoriais têm encontrado na China, um parceiro forte para a execução das etapas de pós-impressão manuais (encartes, costura manual e especialidades) a um custo bastante inferior e qualidade satisfatória, por exemplo. Uma, dentre tantas oportunidades relacionadas à indústria gráfica onde há sinergia global na produção de impressos.
Historicamente, a China com seu crescimento literalmente avassalador é ainda uma novata, recém-saída de um modelo econômico e governamental fechado, sustentado pelos pilares comunistas e imbuída de uma cultura “anti-ocidental”.Simultaneamente a China torna-se uma nação mais aberta, encontramos cenários de compra mais próximos ao estilo ocidental, com grandes cadeias de super e hipermercados, lojas de departamento e toda a comodidade do estilo de vida americano.
Seu crescimento demanda maiores quantidades de mídia, desde jornais, revistas, embalagens, rótulos e toda a sorte de impressos.Quando falamos em crescimento, talvez a maioria dos leitores não seja ainda capaz de quantificar a robustez deste processo. Nos últimos vinte anos, surgiram na China aproximadamente 150 mil indústrias gráficas relacionadas diretamente à impressão, empregando pouco mais de 3 milhões de pessoas. A cada ano, esse parque gráfico faturava pouco mais de 18 bilhões de dólares americanos, o equivalente a quase 2,5% do faturamento global da indústria gráfica (750 bilhões). Dizemos “faturava”, porque no ano de 2006, o incremento no faturamento superou a marca dos 47 bilhões de dólares.A importação de máquinas atingiu um patamar de quase 2 bilhões de dólares, ao passo que a exportação já supera os 500 milhões, perdendo apenas para as exportações de consumíveis, algo estimado em mais de 700 milhões ao ano e subindo.
A produção gráfica de todo o material impresso na China concentra-se basicamente na região dos deltas de Yangtse, Pearl e nas imediações de Beijing-Tianjin, os três maiores pólos de impressão do país. O delta de Yangtse responde por quase dois terços do volume total produzido. A China passa hoje, em praticamente todos os setores da sua economia, pela transformação ocidental “número um”: a saída de um regime industrial para uma economia da informação.A competitividade interna é bastante acirrada, haja visto que a disputa ferrenha pelo mercado interno concentra-se apenas nas regiões costeiras e nas grandes metrópoles chinesas. Em síntese, uma indústria que ascende rápida e racionalmente, mas que sofre as mesmas pressões internas pela disputa de espaço e dumping de preços do ocidente.Há, porém, um forte aliado da indústria gráfica na China, que citaríamos como uma das diferenças mais contundentes entre a política chinesa e a brasileira. O governo.

Através do “Plano de Desenvolvimento para
Impressão e Publicação” estipulado em até cinco anos, o governo prevê, junto ao
empresariado gráfico, metas ambiciosas como por exemplo, no ano de 2010, para
cada milhão de cidadãos chineses, devem existir 186 títulos de livros, um
consumo anual de 5,5 livros e 2,7 periódicos per capita.

Para corroborar com esta medida, outras resoluções ainda mais arrojadas como a isenção tarifária na importação de máquinas e equipamentos gráficos para uso interno e mesmo o abatimento das alíquotas de impostos nos trâmites de importação e compra fortalecem a unidade chinesa e trazem, a custos reduzidos, tecnologia de ponta do mundo inteiro para estudos, análise e cópia dos projetos (engenharia reversa, umas das especialidades chinesas).Esta estratégia por si deve garantir o crescimento médio anual da Indústria Gráfica chinesa em aproximadamente 8%, ingressando no ano de 2010 com um faturamento de até 440 bilhões de ienes, o equivalente a quase 60 bilhões de dólares.A fabricação de máquinas e equipamentos gráficos na China vive uma situação ambígua: a necessidade de aperfeiçoamento tecnológico para atender às exigências internacionais e até mesmo da fatia do mercado interno que compra valor agregado versus a necessidade de fortalecer a fabricação nacional destes bens. Para suprir estas necessidades, a indústria chinesa tem adotado um pacote de medidas estratégicas que abarcam desde o investimento pesado em pesquisa e desenvolvimento até o estabelecimento de joint-ventures com investidores estrangeiros, aquisição de empresas no exterior, detentoras de alta tecnologia e um tímido começo de planejamento de marketing que visa derrubar os paradigmas sobre a qualidade dúbia de produtos chineses no exterior.
 


Um indicador mister na avaliação do nível de crescimento na produção impressa de um país é, sem sombra de dúvida, o consumo de papel e cartão. A China é o segundo maior produtor e consumidor destes dois materiais no mundo, perdendo apenas para os Estados Unidos. Com uma produção total de mais de 50 mil toneladas ano, nos últimos dois anos, o crescimento médio anual na ordem de 15% é pouco maior do que os 13,5% de incremento no consumo destes mesmos materiais. Mesmo assim, se comparada à média dos países desenvolvidos, ainda há muito para crescer. O consumo de papel per capita na China é de 41 kg contra os quase 300 kg da Europa e EUA. O consumo de papel não é um fator isolado. É preciso acompanhar também o consumo de tintas de impressão. O crescimento médio de 13% para consumo e 11% para produção interna reflete uma falha crucial na indústria gráfica chinesa: quase 15% das tintas consumidas no país são oriundas de importações. Há bastante espaço para estudos aqui.
Qual o caminho a percorrer? O que pode ser feito para estreitar estes laços?A graça está na simplicidade da resposta: haja!As feiras nacionais e internacionais configuram como as melhores oportunidades de negócios neste âmbito. Pesquise nos sites especializados em fornecedores para o segmento gráfico na Ásia. Existem empresas e câmaras de comércio que também oferecem reuniões corporativas com o mesmo fim. Os aspectos culturais são muito importantes e merecem um estudo aprofundado a priori. Os chineses prezam pela conduta ética, honra e recomendações pessoais.Acreditamos que nos anos vindouros, a China deverá se estabelecer como a maior e mais bem preparada produtora de commodity do mundo, com um único detalhe digno de observação: todo mercado que a China empenhar-se em abrir tornar-se-á commodity, em caráter global.
O velho dito popular:
“Se não pode vencê-los, junte-se a eles”